Veganos. Quem são? Onde moram? O que comem? Como se reproduzem?
As respostas você vai ver agora, no Globo Repórter, digo, neste post!
O que é veganismo, o que é ser vegano ou vegana?
"O veganismo é uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais, seja para a alimentação, para o vestuário ou para qualquer outra finalidade. Dos veganos junk food aos veganos crudívoros – e todos mais entre eles – há uma versão do veganismo para todos os gostos. No entanto, uma coisa que todos nós temos em comum é uma dieta baseada em vegetais, livre de todos os alimentos de origem animal, como: carne, laticínios, ovos e mel, bem como produtos como o couro e qualquer produto testado em animais."
Definição criada pela The Vegan Society, da Inglaterra, mais antiga entidade vegana do mundo.
Vegano – ou vegana –, portanto, é a pessoa que pratica o veganismo, não contribuindo para o sofrimento dos animais.
Qual a diferença entre vegetarianismo e veganismo?
O quadro abaixo é do portal Vista-se, e de tão simples e esclarecedor, é melhor reproduzir do que copiar, né? Aliás o portal é excelente.
E as proteínas?
Costuma-se pensar que carnes são a única fonte de proteína, mas isso não é verdade. O próprio Ministério da Saúde do Brasil já reconheceu o vegetarianismo como uma forma saudável e completa de se alimentar. Isso porque todos os aminoácidos essenciais para a produção de proteínas dentro do seu corpo podem ser obtidos por meio dos vegetais.
E a B12?
Existe apenas um nutriente que não podemos encontrar em abundância na dieta vegetariana: a vitamina B12. Ela é produzida por bactérias e cianobactérias, com as quais a humanidade tem pouco ou nenhum contato atualmente. Isso significa que uma boa parcela da população — vegetariana ou não — pode apresentar deficiência ou insuficiência de B12. Felizmente, existem diversas suplementações sintéticas da vitamina.
Por que não consumir ovos, leite e mel, já que o animal não morre?
Há quem diga que o leite e os ovos não são um problema, pois eles são criados sem a necessidade de matar um animal — o que claramente acontece com a carne. Porém, existe uma série de explorações que a grande maioria não leva em consideração quando fala sobre o tema. Abaixo você pode conferir alguns exemplos:
Reprodução/Vista-se
Leite
Como em toda espécie de mamífero, para que a “vaca leiteira” produza leite, é preciso que ela seja mãe. Na indústria, as vacas são emprenhadas com inseminação artificial e depois do parto têm seus filhotes levados embora — geralmente as fêmeas são encaminhadas para o mesmo processo, e os machos são abatidos ainda enquanto bezerros para abastecer o mercado de vitelos.
A expectativa de vida de uma vaca é de cerca de 20 anos, mas as vacas leiteiras geralmente são abatidas com menos de 8 anos. Isso acontece porque elas começam a apresentar problemas de reprodução após várias gestações forçadas, problemas de locomoção devido a infecções ou mastites e outras inflamações.
Ovos
Galinhas botam seus ovos em um processo natural? Sim, mas isso não significa que elas não sejam exploradas. Assim que nascem, as galinhas são debicadas (têm os bicos arrancados) sem anestesia. Isso é feito para que elas não firam umas às outras ao serem submetidas a situações de muito stress — o que acontece bastante, visto que até oito animais dividem gaiolas com pouco mais de 0,2 m². Os pintinhos machos são mortos com horas de vida, já que não servem para a indústria dos ovos.
A ONG onca –Defesa Animal fala mais sobre o assunto e lembra que as galinhas poedeiras podem passar a vida inteira sem ver a luz do sol, sem caminhar de uma maneira digna nem viver do modo natural — livres e tendo respeitadas suas próprias vontades.
Posso comer ovos de galinhas livres ou felizes? Não existe galinha realmente livre se é criada por mãos humanas. Para aprofundar neste tema que é bastante delicado, sugiro acessar o artigo:
Mel
Mel é provavelmente o produto mais confundido como sendo vegano-amigável. Existe um equívoco comum de que as abelhas fazem seu mel especialmente para nós, mas isso não é verdade. O mel é das abelhas e para as abelhas.
O mel é a única fonte de alimento e nutrientes essenciais de uma abelha durante o inverno. Uma abelha visitará até 1.500 flores para coletar néctar suficiente para preencher o “estômago do mel”; um segundo estômago separado em que as enzimas começam a quebrar o néctar no mel. Depois de retornar à colmeia, isso é regurgitado e mastigado por “abelhas domésticas” para completar o processo de fabricação de mel. A colmeia funciona como um coletivo para fornecer a cada membro um suprimento adequado, cada abelha produzindo apenas um duodécimo de uma colher de chá de mel em sua vida: significativamente menos do que a maioria das pessoas espera. Isso é fundamental para o bem-estar de uma colmeia.
Infelizmente, a maioria dos apicultores comerciais muitas vezes roubam o mel das abelhas, substituindo pelo xarope de milho de alta frutose. Então as abelhas não conseguem aproveitar os frutos do próprio trabalho, que é fundamental para seu bem-estar.
Para a extração do mel das colmeias é utilizado um processo chamado de fumigação. Dentro dessa prática, o apicultor usa fumaça de queima de palha ou sabugo de milho para desacordar as abelhas.
Dessa forma, esses bichinhos ficam intoxicados, e o ser humano consegue mexer com mais facilidade nas colmeias. Como consequência desses atos, as abelhas morrem. Algumas por asfixia da fumaça e outras pelo calor que essa fumaça causa. Se não bastante todo esse sofrimento, os apicultores costumam esmagar esses pequenos animais para extrair os favos.
Outras práticas da indústria melífera é arrancar as asas das rainhas, matar os zangões quando há "excesso populacional" e atear fogo em colmeias inteiras quando não estão em produção ou quando estão em baixa produção, a fim de economizar em recursos.
Mas então eu vou comer o quê?
Felizmente a humanidade é criativa e adaptativa e quando está na direção certa, produz maravilhas! Já existe uma enormidade de produtos 100% vegetais que são utilizados como substitutos da carne, do leite, dos ovos e do mel.
Quer conhecer alguns? Acesse nosso site e navegue pelas opções! www.vivavegan.com.br.
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