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Mulheres na Vanguarda do Veganismo e da Sustentabilidade - Celebrando o Dia Internacional da Mulher

Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, nos voltamos para celebrar e honrar as mulheres incríveis que têm sido pilares na construção de um mundo mais sustentável e igualitário. Suas contribuições ao veganismo, conservação ambiental e justiça social vão além de meras ações – são um chamado poderoso para a mudança positiva.


Mulheres em todo o mundo, de ativistas a cientistas, e de empreendedoras a educadoras, têm liderado o caminho em promover uma consciência mais profunda sobre nossas escolhas alimentares e seu impacto no planeta. Elas nos mostram como o veganismo vai além da dieta, representando um compromisso ético com o planeta e seus habitantes.


A conexão entre feminismo e veganismo é profunda, refletindo uma luta compartilhada contra a opressão. Mulheres líderes no movimento vegan têm destacado como a exploração animal está intrinsecamente ligada às questões de gênero, promovendo não apenas a libertação animal, mas também questionando as estruturas de poder que oprimem vozes marginalizadas.


Neste Dia Internacional da Mulher, destacamos histórias de mulheres que transformaram sua paixão pelo veganismo e pela sustentabilidade em ações transformadoras. Seja revertendo a degradação ambiental, promovendo práticas agrícolas sustentáveis, ou lutando por justiça alimentar, essas mulheres estão na linha de frente de um movimento que visa criar um futuro onde todos possam prosperar.


Entre as obras fundamentais que exploram a interseção entre o veganismo e o feminismo está "A Política Sexual da Carne", de Carol J. Adams. Publicado originalmente em 1990, este livro pioneiro desvenda a relação complexa entre o patriarcado, o veganismo e a política de gênero, argumentando de forma convincente como a opressão dos animais está entrelaçada com as questões de gênero. Adams apresenta a ideia de que a cultura dominada pelo patriarcado promove tanto a objetificação das mulheres quanto a dos animais, criando uma analogia entre a maneira como a sociedade consome carne e como subjugam as mulheres.


Sua análise revela como a linguagem, a simbologia e as representações culturais da carne estão impregnadas de conotações sexistas, perpetuando assim uma visão de mundo onde a violência contra animais e mulheres é normalizada e interligada. "A Política Sexual da Carne" não apenas nos desafia a reconsiderar nossas escolhas alimentares, mas também a refletir sobre as estruturas de poder em nossa sociedade que sustentam a opressão. O livro é um chamado à ação, incentivando leitores e leitoras a adotarem uma postura ética que recuse a participação em sistemas de opressão, seja em relação aos animais, seja em relação às mulheres.


A obra de Carol J. Adams é um testemunho da liderança feminina no movimento vegan e se tornou um texto fundamental para entender as nuances do feminismo interseccional aplicado às questões de direitos dos animais e sustentabilidade. Ao integrar a perspectiva de Adams em nossa celebração do Dia Internacional da Mulher, ampliamos nosso entendimento sobre a importância de adotar uma abordagem consciente e ética não apenas em relação ao que comemos, mas também em como essas escolhas refletem nossos valores mais profundos em relação à justiça social, igualdade e respeito por todas as formas de vida.




Ao explorar lideranças femininas no veganismo, encontramos várias mulheres inspiradoras que têm contribuído significativamente para o movimento, promovendo não apenas a alimentação baseada em plantas, mas também abordando questões de sustentabilidade, ética animal e justiça social. Além de Carol J. Adams, aqui estão algumas outras lideranças femininas influentes no veganismo:

1. Marianne Thieme: Co-fundadora do Partido para os Animais (Partij voor de Dieren) nos Países Baixos, Marianne é uma das primeiras parlamentares do mundo a representar uma plataforma focada nos direitos dos animais, ética ambiental e sustentabilidade.

2. Jacy Reese Anthis: Co-fundadora da Sentience Institute, uma organização de pesquisa sem fins lucrativos dedicada ao estudo eficaz da expansão da moralidade humana, focando especialmente na questão dos direitos dos animais. Jacy contribui com pesquisas e escritos sobre o futuro da alimentação e o movimento pelos direitos dos animais.


3. Sônia T. Felipe: Filósofa brasileira e uma das vozes mais proeminentes na ética animal e veganismo no Brasil. Sua obra aborda a questão dos direitos dos animais a partir de uma perspectiva filosófica, criticando o especismo e promovendo o veganismo como uma questão de justiça.



4. Genesis Butler: Uma jovem ativista pelos direitos dos animais e pelo veganismo. Ainda na infância, Genesis fundou sua própria organização, Genesis for Animals, dedicada a ajudar santuários de animais e promover o veganismo como um estilo de vida ético e sustentável.


5. Melanie Joy: Psicóloga, professora e autora do conceito de "Carnismo", termo que ela definiu em seu livro "Por Que Amamos Cães, Comemos Porcos e Vestimos Vacas". Melanie explora as bases psicológicas e sociais que sustentam o consumo de carne e promove o veganismo como uma escolha consciente e ética.


6. Mônica Buava: Presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB): . Mônica representa as muitas mulheres que construíram a SVB ao longo de 20 anos de existência. A organização, uma das maiores do Brasil promovendo o vegetarianismo e o veganismo, contribui com educação, campanhas e eventos para promover a alimentação à base de plantas por motivos de saúde, éticos e ambientais e representa movimentos internacionais, como o Segunda Sem Carne (Meat Free Monday).


7. Vanessa Negrini: Atual Diretoria do Departamento de Defesa e Direitos Animais no Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Vanessa é vegana e ativista pela causa animal há muitos anos e tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos animais e na promoção de políticas públicas que visam a proteção animal no país. Sua liderança reflete o crescente reconhecimento da importância dos direitos animais e da sustentabilidade ambiental nas políticas governamentais.


8. Alana Rox: Chef vegana e influenciadora no movimento vegano no Brasil. Criadora do "Diário de uma Vegana", Alana utiliza suas plataformas para compartilhar receitas, dicas e promover a conscientização sobre os direitos dos animais e os benefícios do veganismo. Autora do livro "Diário de uma Vegana", ela é uma referência para aqueles que buscam um estilo de vida mais sustentável e ético.


9. Bianca Marigliani: Mestre em biotecnologia pela USP, foi premiada por sua pesquisa para acabar com o uso de soro bovino em testes cosméticos, que normalmente medem o risco de alergias causadas por agentes químicos. Em larga escala, o método tradicional retira o sangue de fetos bovinos vivos por meio de punção cardíaca -- e sem anestesia.


Estas lideranças femininas, entre muitas outras, têm sido fundamentais para promover e expandir o veganismo globalmente, cada uma contribuindo com sua voz única, experiência e perspectiva para o movimento.


Além de todas essas mulheres conhecidas e reconhecidas, a maior mudança está no dia a dia. Pesquisas indicam que as mulheres representam cerca de 60% a 80% da comunidade vegana em diversos países e são as principais agentes de mudança dietética: Em famílias, as mulheres são frequentemente as principais responsáveis pelas decisões alimentares, desempenhando um papel crucial na transição para dietas baseadas em plantas.


Parabéns para todas nesta luta!! Feliz Dia Internacional das Mulheres!


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